A bipolaridade é uma condição que é estigmatizada e muitas vezes mal compreendida. Muitas pessoas acreditam que é uma condição rara ou reservada apenas para personagens de filmes dramáticos. No entanto, a realidade é muito diferente. A bipolaridade é muito mais comum do que se imagina.
No livro intitulado: "Bipolaridade, velocidade máxima", de minha autoria, (Marcucci, Ed. PRISE, 2024), há relatos de pessoas que sofrem com este transtorno e de como milhões de pessoas são afetadas em todo o mundo. Ela não discrimina idade, gênero, raça ou classe social. Pode se manifestar em qualquer pessoa, desde crianças até idosos, e pode ter um impacto significativo na vida cotidiana de quem a vive e daqueles ao seu redor.
Embora seja caracterizada por mudanças extremas de humor, que variam de episódios de euforia intensa (mania) a episódios de depressão profunda, a bipolaridade não se limita apenas a esses extremos. Existem diferentes tipos e graus de bipolaridade, e cada indivíduo pode experimentá-la de maneira única.
É importante reconhecer que a bipolaridade não é simplesmente uma questão de "estar feliz" ou "estar triste". Envolve uma interação complexa de fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Portanto, é crucial quebrar o estigma em torno da bipolaridade e promover uma compreensão mais ampla e compassiva da condição.
Ao reconhecer a bipolaridade como uma condição mais comum, podemos criar um ambiente acolhedor e de apoio para aqueles que vivem com ela. Isso inclui fornecer acesso a recursos de saúde mental, educação sobre a condição e promover a aceitação e a compaixão em relação às experiências daqueles que enfrentam desafios relacionados à bipolaridade.
Juntos, podemos trabalhar para criar uma sociedade mais inclusiva, solidária e consciente das realidades da saúde mental.
Leandro Marcucci é psicanalista e psicopedagogo, doutorando em Saúde Mental, escritor e jornalista.
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