JOVENS E ADOLESCENTES E O USO DAS TELAS! Por Josane Lisboa

As redes sociais desempenham um papel significativo na vida dos nossos adolescentes e jovens, oferecendo uma plataforma para se conectar, compartilhar interesses e expressar ideias. No entanto, também podem impactar a saúde mental devido à pressão social, cyberbullying e comparação constante. A família deve sempre acompanhar seus filhos no

uso das telas e os educadores o seu melhor uso.

O motivo é simples, o excesso de tempo em frente às telas e os perigos das redes sociais. É importante para adolescentes e jovens equilibrar o tempo online e offline, cultivar relacionamentos saudáveis e praticar o uso consciente das redes sociais e, cabe à família, o acampamento real disso. A saúde mental de nossos jovens está em risco, não se pode proibir jogos, redes sociais, chatGPT e outros, estão presentes no dia a dia, porém devem ser acompanhados de forma atenciosa e natural, inclusive por nós educadores.

O sociólogo Zygmunt Bauman foi um importante pensador sobre a juventude contemporânea, discutindo temas como liquidez, precariedade e individualização. Ele argumentava que a sociedade atual impõe uma pressão sobre os jovens para serem flexíveis e adaptáveis. Na perspectiva de Bauman, a relação entre a juventude e as redes sociais na modernidade líquida é complexa, pesquisa que realizei na minha dissertação de mestrado Juventude e Identidade.

Vimos que por um lado, as redes sociais oferecem aos jovens oportunidades sem precedentes para se conectar, compartilhar experiências e construir identidades. Elas fornecem espaços onde os jovens podem expressar suas opiniões, encontrar apoio emocional e participar de comunidades virtuais. No entanto, Bauman também levantou preocupações sobre como as redes sociais podem contribuir para uma sensação de superficialidade nas relações humanas, bem como para uma cultura de comparação constante e auto exibição.

Educadores fiquem atentos! Ele argumentava que, embora as redes sociais possam oferecer uma sensação de conexão, muitas vezes elas carecem da profundidade e da autenticidade das interações face a face, e pode amplificar as pressões sociais e as expectativas de desempenho entre eles, criando um ambiente de competição e ansiedade. Família fique atenta! A pressão social é uma realidade significativa para muitos de nossos estudantes. Isso é real! Pode levar à ansiedade, e baixa autoestima. Precisamos falar de saúde mental nas escolas . É crucial que os jovens tenham um sistema de apoio forte, sejam encorajados a serem autênticos e tenham espaço para explorar suas emoções. A saúde

mental dos jovens é uma preocupação crescente, com taxas de ansiedade, depressão e suicídio em ascensão. Está cada vez mais preocupante o uso excessivo de jogos, por exemplo, que pode levar a problemas como isolamento social, falta de atividade física e até o vício. É importante promover um equilíbrio saudável entre o tempo gasto em frente às telas e outras atividades. É fundamental que os jovens tenham acesso a recursos de apoio, como aconselhamento, terapia e palestras, além de serem incentivados a manter hábitos saudáveis, como exercícios físicos, sono adequado e práticas de autocuidado. Educadores e familiares, conversem sobre esse tema e orientem esta geração sobre questões ligadas à segurança online (existe legislação sobre isso), comportamento ético, jogos e os efeitos do uso excessivo das telas. A conscientização é um cuidado para a saúde mental, é essencial para garantir que os adolescentes e jovens recebam o suporte de que precisam e merecem.

Josane Lisboa é professora, escritora, Mestre em Ciências da Linguagem e coordenadora pedagógica do CAP, em Florianópolis, Santa Catarina.